Burnout no trabalho remoto: o desafio da saúde mental em casa

 


O aumento do home office exige uma nova abordagem sobre como preservar o bem-estar dos trabalhadores, com a responsabilidade das empresas em proporcionar um ambiente saudável, mesmo à distância. O burnout, síndrome de esgotamento profissional, tem se tornado um dos maiores desafios para trabalhadores remotos.

Embora o home office ofereça flexibilidade e elimine a necessidade de deslocamento, ele também pode representar um risco significativo para a saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o burnout é caracterizado por um estado de exaustão profunda, desânimo e queda de produtividade, afetando tanto o corpo quanto a mente.

O ambiente remoto, responsável pela colisão das fronteiras do trabalho e da vida pessoal, pode ser um fator determinante para o desenvolvimento dessa síndrome, já que sem a separação física entre o escritório e a residência, muitas vezes é difícil estabelecer limites claros para a jornada de trabalho. A constante pressão para estar disponível, as horas prolongadas e a ausência de pausas estruturadas contribuem para o desgaste, sem contar a sensação de isolamento, frequentemente agravada pela falta de interações presenciais.

Especialistas sugerem que a criação de limites rigorosos para evitar o esgotamento, como estabelecer horários definidos para iniciar e encerrar o expediente, assim como implementar pausas regulares — como as sugeridas pela técnica Pomodoro — ajudam a manter o foco e a produtividade. Outro aspecto crucial é a organização de um ambiente de trabalho dentro de casa, que funcione como um local separado do restante das atividades diárias, criando uma diferenciação entre momentos de lazer e de trabalho.

A prática de atividades físicas, técnicas de relaxamento e meditação têm sido apontadas como medidas eficazes na prevenção do burnout. No contexto remoto, é imprescindível garantir que a rotina não sobreponha o bem-estar, mantendo o equilíbrio necessário para uma produtividade sustentável. Afinal, o trabalho remoto pode ser altamente produtivo, mas somente quando há um cuidado adequado com a saúde mental e emocional dos envolvidos.

Fonte:

www.who.int


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